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29 de jan. de 2014

A Broxada Feminina

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Porque, assim como aviões da Gol, algumas vezes a gente também não decola.

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Beijos, mordidas, pegadas e apelos. Nada. Essa noite o foguete não decolou, o defunto não levantou, nenhuma tocha olímpica se acendeu. Você está frustrado. Nenhuma outra palavra te define melhor no momento. Fico desorientada, sem saber se o melhor a fazer é tentar reanimar a situação, ou ficar sossegada, como se nada tivesse acontecido. Na dúvida entre pular em cima de você ou deitar no seu peito, pego a bolsa e acendo um cigarro. Pergunto se algo te incomodou e, apesar da sua negativa, sinto que a culpa é daquela celulite, causada pelas calorias não queimadas na academia em que não me matriculei. Me cubro um pouco com o lençol bagunçado. Quero puxar um assunto, mas o clima fica tão pesado que é melhor ocupar a boca tragando e soprando, tragando e soprando. Nem sei se o melhor é te oferecer um cigarro ou fingir que você não está ali.

E agora? Agora a gente toma um banho junto. E te faço uma massagem nos pés sem segundas intenções, mas sim com toda a naturalidade que devo ter. Bola para a frente, conversar sobre o tempo, sobre futebol ou sobre o almoço de domingo na casa da sua mãe. Rir um pouco lembrando da peça do Ciambroni que vimos no domingo é uma opção interessante, pois o riso deixa o clima leve e a conversa segue normalmente. Sim, normal. Porque broxar uma vez ou outra é perfeitamente normal. Tão normal que acontece com todo mundo. E com mulheres também.