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19 de jul. de 2013

Definitivamente eu quero você

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Ontem fui para a casa da Ana. Comemos brigadeiros, morangos, batatas Ruffles e sanduíches com muito colesterol. A única coisa que não comi foi Ana com os olhos, mas tive uma grande dificuldade para me conter. Sempre tento conversar com minha consciência, para ter certeza se gosto mesmo de Ana, ou se isso é coisa da minha cabeça. Mas cada vez que a vejo fico mais certa de que estou fodida!!!

Assistimos a um romance muito ruim, desses que passam na Sessão da Tarde e agrada a meninas de 13 anos que estão vivendo o primeiro amor e não sabem que a vida não tem nada de romance e, na verdade, é um drama. Um casal de amigos nossos estava lá também. Sempre que ela se sentava longe de mim eu ficava atordoada, procurando uma desculpa e jeito de chegar perto. Pouco antes do filme começar, ela se sentou no tapete em frente o sofá, apoiada em uma almofada. Eu, em um tom de brincadeira, me autoconvidei a sentar atrás dela e assim o fiz. Depois de um tempo um dos sofás ficou vago (o que estava logo do nosso lado) e como ela tinha terminado seu sanduíche, foi se deitar. Eu quis ficar na minha, não fazer nada, não pensar nada, me concentrar no filme. Difícil.

Sem graça, sem jeito, com medo de "dar alguma pinta", encostei minha cabeça no sofá. Esperei a possibilidade de um cafuné, mas depois de dar uma espiada percebi que a posição na qual estávamos não permitia que ela o fizesse mesmo se quisesse. Caio deitou-se praticamente ao lado dela e ganhou o cafuné que eu não consegui.

Ao longo do filme eu me desligava várias vezes da história e me pegava prestando atenção na presença dela, logo ali, tão perto, tão à vontade, dormindo entre uma cena e outra. Fiquei inconformada com minha falta de coragem de me virar um pouco mais e fazer-lhe um cafuné. Tive medo de parecer forçado, dela estranhar eu estar me virando toda só para isso. Fiquei na minha. E foi aí que percebi mais ainda que sim, estou muito afim da Ana. Se fosse uma amiga qualquer eu não estaria nessa. Quando Paulinha deitou-se no meu colo, fazer cafuné em seus cachinhos foi espontâneo, simples, natural, coisa que amigas fazem. Mas com ELA não... É diferente, difícil, confuso, coisa que não ensinam nas escolas.

Em um momento Ana, então sonolenta, jogou o braço, deixando-o pendurado sofá afora. Sua mãozinha pendente, pedindo carinho. Fiz, gostando do gosto de tocá-la, mesmo sendo uma coisa tão boba. Estou bobinha, ai meu Deus! Mas três segundos depois Paulinha apareceu fazendo gracinha e Ana encolheu o braço, rindo com medo de ser vítima de um ataque de cócegas. Perdi sua mão.

Mas não perdi a certeza de que a quero. Tive que vir embora mais cedo, e despedir-me dela deixou a vida com gostinho de quero mais. O beijo que a dei no rosto deixou gostinho de quero muito mais. E agora todas as horas do meu dia estão com gostinho de quero Ana.
Para fins de direitos de imagem, a foto utilizada neste post não é de minha autoria.

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