Aproveitando os limões que a vida te dá
Um homem e uma mulher acabam de se conhecer. Bebem, conversam, beijam-se, atentam-se e, ao fim da noite, vão para o apartamento dele, pegando fogo (o casal, não o apartamento). Se atracam feito gatos no cio: mãos, bocas, olhos e saliva, tudo em excesso, tudo gostoso. Depois de uma preliminar de arder cada parte do corpo, vão para a cama. Continuam a se agarrar, a passar as mãos por todas as partes de corpo que conseguem identificar, mas, quem vê de fora, vê que algo está errado. Ele para. Ela para, olha-o nos olhos e retoma um beijo, meio atrapalhado, meio desesperado, mas completamente com desejo. Beijam-se e agarram-se por mais um minuto. Outro pause, olham-se nos olhos novamente, ela tenta outro beijo, agora no pescoço, vai descendo pelo peito, barriga... Ele interrompe, ela cai de lado. É amigo, hoje o foguete não decolou. Ela, mais bêbada que meu avô em Dia dos Pais, senta-se na cama, puxa a bolsa, pega um cigarro: "Eu vou à varanda fumar este cigarro. Se, quando eu voltar, esse negócio aí não estiver funcionando eu pego minhas coisas e vou embora hein, Cláudio?". Parece uma tragédia real, mas é só uma cena de filme de comédia de mal gosto. Na vida real, ninguém é ignorante assim - ou pelo menos eu espero que não seja. Broxar é normal e todo mundo sabe disso. O que nem todo mundo sabe é que, dessa experiência super negativa (mas nenhum pouco absurda), dá, sim, para extrair alguma coisa de boa - Excelsior! Todas as coisas têm um lado bom, até uma transa mal concluída. Está duvidando é? Então vamos lá.