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25 de jul. de 2013

Pause nesse filme que eu chamo de Ana

Sou assim. Basta uma conversa desanimadora para eu concluir que ela nunca vai olhar para mim de um jeito diferente...

mulher fumando na cama

Explico: Sábado temos uma festa para ir, aniversário de um amigo em comum. Nesse mesmo dia, nessa mesma hora, nesse mesmo batplaneta, eu tenho outro aniversário, de um grande amigo do Bernardo, o que significa que, se eu for à festa em que Ana vai, estarei "desacompanhada" do Be.

Ana, bebida, pouca luz, música alta... Criei minhas expectativas.

Ontem nós duas estávamos conversando e ela me perguntou sobre essa festa. Me contou que a Luiza, uma menina na qual ela está de olho, provavelmente vai estar lá. Eu, "brincando", perguntei quando, nessas confusões amorosas dela, iria sobrar um tempo para mim e ela retribuiu- Sempre terei tempo pra você, Bia, mas se você aparecer lá no sábado sou sua, disse entre risadas, em tom de brincadeira.

Sou sua.
Sou sua.
Música para meus ouvidos.
Gelei.

Depois, com ela insistindo um pouco para que eu fosse, eu disse que até daria, mas que ficaria chato ir em uma festa cheia de gente solteira se pegando e eu lá, comprometida, mas sem o namorado, velando a pegação alheia. Para mim, o fato de Ana corresponder ou não à minha indireta significaria muito mais do que simplesmente corresponder ou não a uma indireta. E a resposta foi praticamente um balde de água fria. Eu esperava por algo do tipo "Vamos, eu te faço companhia" ou "Você vai acompanhada por mim" ou "Não preocupa com isso, você vai comigo". Mas não. O que recebi foi um simples "Ah tá. Chato mesmo, Bia".

Puff.
Um fio de água gelada no meio do chuveiro quente, quando o inverno lá fora faz 10ºC.
Uma chuva chata no fim de uma tarde de verão que tinha de tudo para ser perfeita.
Uma nuvem negra cobrindo o sol em um dia de praia.
Silêncio eterno de alguns minutos.

Emendei mais uma para não perder o bom humor aos olhos dela: "Mas tudo bem, Ana, muitas outras festas virão" seguido de uma continuação: "Outras festas virão para nós duas". Como sua última frase havia sido um banho gelado, fiquei um pouco sem graça de continuar depois de tê-la dito tantas coisas ao estar bêbada na noite anterior (não me declarei, mas joguei mais e mais indiretas pesadas; confesso que cheguei a ligar para ela e dizer que preferia ficar ao telefone ouvindo sua voz enquanto meus amigos curtiam a balada). Depois disso não sei mais se ela sabe ou não que minhas brincadeiras têm não só um fundo como uma superfície inteira de verdade. Com a intenção de não forçar mais a barra, disse que pararia com minhas xavequices. Ela riu como um sinal de que tinha visualizado a mensagem e mudou de assunto.

Puff.
Água fria! Água fria!

E agora me pego aqui a tarde, enfiada debaixo do meu edredom com o calor do computador quase derretendo minhas pernas, ouvindo músicas que me fazem pensar nela e curtindo uma deprê chata, ridícula e romântica por ela, minha amiga de infância, que troca de roupa na minha frente e me chora várias dores de outros amores. Ela que agora me fez ver que não, não há chance para nós. E ela que, acima de tudo, está me dando a chance de me apaixonar novamente e sentir essa dorzinha no peito que, apesar de chatinha, faz muita falta para o coração.
Para fins de direitos de imagem, a foto utilizada neste post não é de minha autoria.

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