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5 de out. de 2013

Amor à terceira vista

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Tive uma fase confusa, parecida com várias outras que surgiram ao longo do meu namoro - não sabia mais se o amava, se ainda queria continuar namorando, se queria levar as coisas adiante... Cheguei em um ponto de não querer mais sexo, não querer mais seus beijos e não sentir nenhuma saudadezinha de seu corpo, de seu cheiro, de seus abraços ou simplesmente de sua presença. Eu não sentia nada. Até tentei postar alguma coisa para desabafar, mas estava tão desorientada que não conseguia escrever. Sumi. Entrei em crise, me senti confusa, pensei que pudesse ser porque agora estava apaixonada por Ana e contrariei a mim mesma concluindo que talvez fosse mesmo impossível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Mas aí tudo mudou...

É impressionante como é possível que a gente esteja com uma mesma pessoa há tanto tempo, como dizem algumas de minhas amigas solteiras: beijando a mesma boca, chupando o mesmo pau, e, ainda assim, continuemos apaixonados.

Não sei quando, nem como, nem porquê. Foi como esses amores à primeira vista, sabe? Só que, nesse caso, à segunda, terceira, milésima vista. De repente me peguei pensando nele novamente, e sentindo muita falta ao ficar um diazinho sequer sem aquele cheiro grudado em meu travesseiro. De repente me peguei com uma vontade insana de querê-lo, pensando bobagens durante o dia, no horário de trabalho, na aula de neuro, dentro do ônibus. Saí da faculdade e fui para a casa dele. Nos abraçamos e seu toque me causou aquele arrepio gostoso, aquela onda gelada na barriga e aquele calor no peito (e em outras partezitas também). Cada beijo era uma montanha russa. Meus pés voltaram a flutuar. Juntos, somos como gasolina e fogo outra vez.

É impressionante como o sexo melhorou. Parece que ele finalmente resolveu me ouvir, prestar mais atenção às minhas indiretas e se dedicar mais a mim. Não fico mais na vontade, não tenho mais "preguiça" de transar, não tenho mais medo de que seja só perda de tempo. Cada milésimo de segundo vale a pena, cada toque vale a pena. Está incrível... Estou apaixonada! *-*

Não consigo me abrir sobre Ana nem sobre o Bernardo com nenhum amigo. Sei que, para a maioria das pessoas, não existe essa de poliamor. Mas, acredite se quiser, é o que está acontecendo comigo. Desejo Ana com todas as minhas forças, penso nela e, sim, estou com uma dorzinha bem chata no peito por não tê-la comigo. Sim, sinto um aperto no peito quando ela me conta que ficou com outra menina, mesmo que isso só aconteça com uma frequência muito baixa. E não, não sei mais o que fazer - estou apaixonada por ela, acredite se quiser (eu, por exemplo, demorei muito tempo para acreditar). Entretanto, meu sentimento pelo Be continua forte. São duas coisas diferentes, mas iguais. Quando estou com Bernardo, sou do Bernardo. Quando estou com Ana, sou de Ana - ou pelo menos tenho fortes intenções de ser. Eu vejo outras garotas se beijando na faculdade, em eventos, nas ruas, e eu penso em mim e em Ana. Me sinto entorpecida ao imaginar o toque de seu beijo e tem sido muito difícil para mim aceitar que as chances de que nunca tenhamos nada têm aumentado gradativamente. Prefiro não pensar, mas não consigo deixar de sentir. Coração manda. E meu coração mandou que eu me apaixonasse por ambos.

Sou de Ana. Sou de Bernardo. Agora só me falta pertencer a mim mesma. Ultimamente esses amores é que têm tomado conta de mim.
Para fins de direitos de imagem, a foto utilizada neste post não é de minha autoria.

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