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9 de set. de 2013

Ela é mesmo incrível

 E faz o que bem quer de ti.

mulher-vestindo-meias-finas

Hoje às 15h é o chá de panela de uma amiga dela. Você, que odeia todos os tipos de chá - de panela, de bebê, de hortelã - tem que ser praticamente arrastado para acompanhá-la no programa de domingo. Chato. Demorado. Confuso. Vai ser um inferno. Uma família chata, cheia de poses. Um buffet caríssimo, mas não tem uma Brahma, ninguém come direito, ninguém se diverte, ninguém desce do salto. Você tinha razão: um verdadeiro inferno sem graça. Sem graça até que ela te chama em um cantinho e diz Deixe-me te mostrar uma coisa. Você, pobre presa da leoa que tem dentro de casa e nem sabe, não entende o que ela quer dizer e vai, revirando os olhos. Ao chegar no canto mais escondidinho do jardim, ela leva suas mãos até debaixo do vestido rosa-chá. A torcida organizada do seu time dá um grito dentro da sua cabeça: Sim, amigo, ela está sem calcinha.

Ela te olha com o sorriso mais safado que tem - aquele, que aparece quando ela o vê gozando enquanto te faz um belo sexo oral - e morde os lábios ao mesmo tempo. Você quer grudar seu corpo ao dela o mais rápido possível, mas não. Aqui não. E sai. Despretensiosa, tranquila e discreta, volta para a roda de amigas e te deixa lá, sem chão, sem ar, sem palavras.

Quando você finalmente se recupera e volta para onde estão os demais convidados, ela está lá, distraída conversando com a noiva sobre doces, flores ou velas. Demora um tempo até que você consiga parar de observá-la e, além disso, é completamente difícil entender como ela consegue te ignorar completamente agora. Você tenta distrair a cabeça, pensar em outra coisa, puxar papo com algum cara entendiado. E aí, quando está quase conseguindo tirar os olhos dela (e principalmente de suas pernas, diga-se de passagem), ela mostra que te vê e sorri um sorriso que só vocês dois conseguem entender.

Quando vão embora, no carro, você repousa uma mão sobre a coxa dela, que imediatamente fica arrepiada. Suas mãos vão subindo vagarosamente. Ela deixa, até que, quando faltam apenas alguns poucos centímetros para que a você a toque, ela diz que preste atenção à direção. Você não sabe porquê, mas obedece e põe as duas mãos no volante. Tenta se concentrar, mas ela está ali, ao seu lado, sem nada por baixo do vestido. Difícil. Mais difícil ainda porque, quando você começa a focar no trânsito, a mão dela escorrega por cima de sua calça e não sai mais dali, até que vocês chegam em casa.

No elevador, ela se aproxima e vocês sobem até o 9º andar abraçados. Apenas alguns pedaços de pano separam teu sexo do dela. Você vai enlouquecer e ela sabe disso, pois sorri ao ver a gotinha de suor que escapa do canto de sua testa. Ao abrirem a primeira porta, você está afobado, mas ela te corta. Põe as mãos nos seus quadris, apoia as costas na parede, te puxa e te beija. Nada de desespero. Quem controla o ritmo é ela. O beijo é quente, macio, suave e no ritmo certo para que cada pedaço de sua boca deguste cada pedaço da boca dela. Suas mãos começam a deslizar pelo corpo dela. Pausa. Deixando que suas mãos repousem sobre o bumbum protegido pelo vestido rosa-chá, ela envolve sua nuca com uma das mãos, enquanto a outra permanece no seu quadril e, então, lança-te um olhar que nem Machado de Assis, Emily Brontë, José de Alencar ou qualquer outro semi-deus da Literatura conseguiria descrever.

Você ainda está tentando entender como, com apenas um olhar, ela conseguiu fazer suas pernas tremerem tanto. E eu te digo que, ao invés de pensar demais, é melhor começar a rezar pela sua alma. A presa hoje é você.
Para fins de direitos de imagem, a foto utilizada neste post não é de minha autoria.

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